O
porquê do horário de verão
(Artigo
organizado por Marcos Antônio Colins, professor de Matemática da
Rede Estadual de Ensino do Maranhão)
Imaginemos um
mostrador de relógio com as 24 horas do dia, no qual representamos
nossos hábitos de dormir. Embora as pessoas tenham costumes
diferentes, podemos imaginar uma situação ideal, mais ou menos a
média do que realmente acontece, com as pessoas indo dormir às 22h
(10h da noite) para se levantar às 6h da manhã – um período de 8
horas de sono.
Ora, como é
fácil compreender, o período de 8 horas mais escuro da noite não é
esse, mas sim o que vai das 20h (8h da noite) às 4h da madrugada –
simetricamente disposto em relação à meia-noite. Este sim é que
deveria ser utilizado como período de dormir, se efetivamente
desejássemos dormir nas horas de maior escuridão. (Aliás, é
precisamente isto o que fazem os animais que dormem durante a noite,
num gesto de sabedoria instintiva: eles utilizam um período
simétrico em relação à meia-noite.)
Agora é fácil
entender o porquê do horário de verão: o período de 10h da noite
às 6h da manhã, num relógio adiantado uma hora, corresponde,
efetivamente, ao período de 9h da noite às 5h da manhã, de forma
que adiantar o relógio uma hora torna mais simétrico, em relação
à meia noite, o período que utilizamos para dormir. Em
conseqüência, o horário de verão faz com que economizemos horas
escuras quando acordados.
Convém observar
que o horário de verão só faz sentido nas regiões mais afastadas
do equador terrestre, visto que, quanto mais longe do equador, mais
longos se tornam os dias no verão e mais curtas as noites. Mas não
é isto o que acontece em lugares como Belém ou Manaus, onde as
durações dos dias e das noites sofrem variações mínimas durante
o ano. É por isso que os habitantes desses lugares se opõem à
adoção do horário de verão.
[Contato:
macolins@gmail.com]
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