segunda-feira, 29 de julho de 2013

Ser professor é gratificante


Ser professor é gratificante
(Artigo organizado por Marcos Antônio Colins, professor de Matemática da Rede Estadual de Ensino do Maranhão)

Uma palavra precisa ser dita sobre a importância do ensino da Matemática, como nobre e valiosa atividade do matemático. Usamos aqui a palavra “matemático” num sentido amplo, que engloba tanto o pesquisador de áreas específicas, como o “scholar”, o estudioso e amante da Matemática, o “professor”. Aliás, poucos são os matemáticos pesquisadores que não se consideram professores.
Recentemente li uma entrevista com John H. Conway, eminente matemático inglês radicado nos Estados Unidos, na qual ele fala de seu gosto e dedicação ao ensino: “eu me considero mais um professor do que um matemático [pesquisador]”, diz ele; e acrescenta: “costumo dedicar boa parte do meu tempo pensando sobre como ensinar”.
O eminente físico e Prêmio Nobel Richard Feynman não podia prescindir do ensino. Ele conta que, como pesquisador, passava períodos sem que novas ideias lhe ocorressem para resolver as questões que pesquisava. Ora, quando o trabalho em que o pesquisador está empenhado não avança, isto passa a ser uma fonte de frustrações para ele. “Se estamos lecionando”, diz Feynman, “pelo menos podemos dizer: estou lecionando, estou fazendo algo importante”. Vale lembrar que foi Feynman que reformulou o ensino de Física no Caltech (Califórnia Institute of Technology), assumindo turmas de primeiro ano e produzindo um texto que ficou famoso, o conhecido “Feynman Lectures”.

Cultivar a boa leitura

Para ser bom professor, certamente a primeira coisa é saber bem a matéria que vai ensinar. O professor não pode, pois, limitar-se ao livro-texto que utiliza, ou às poucas referências similares que recomenda a seus alunos. Ele deve esmerar-se num permanente aprimoramento de seus conhecimentos, através de boa leitura, seja de textos (livros), seja de artigos em periódicos. Este tipo de atividade não deve ser uma imposição desagradável, antes uma atividade prazerosa.
O bom professor é aquele que vibra com a matéria que ensina, conhece muito bem o assunto e tem um desejo autêntico de transmitir esse conhecimento, portanto se interessa pelas dificuldades de seus alunos e procura colocar-se no lugar deles, entender seus problemas e ajudar a resolvê-los. Não há fórmulas mágicas para ensinar Matemática. Não há caminhos reais, como Euclides já dizia a Ptolomeu. A única saída é o esforço honesto e o trabalho persistente. Não só para aprender (ensinar) Matemática, mas para tudo na vida.

Quão inspiradoras são essas palavras...!!!

[Contato: macolins@gmail.com]

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