segunda-feira, 29 de julho de 2013

Trabalho e felicidade


Trabalho e felicidade
(Artigo organizado por Marcos Antônio Colins, professor de Matemática da Rede Estadual de Ensino do Maranhão)

Pesquisas mostram que o que mais as pessoas desejam em relação a seu emprego é que o trabalho lhes dê um sentimento de missão e propósito.
Entretanto, essas mesmas pessoas buscam um trabalho, uma profissão ou um emprego em função do salário ou da compensação financeira que eles possam dar. Muitas dessas pessoas vivem em busca de respostas a perguntas como: “qual a profissão que dá mais dinheiro?” ou “qual a profissão que está 'mais na moda'?” e até mesmo “qual aquela que me deixará rico(a) mais rapidamente?”
Ora, quem busca uma profissão pelo retorno financeiro e não pela realização pessoal que ela proporcionará, será quase um milagre se as duas coisas se conciliarem na mesma atividade. As pessoas de hoje, principalmente as mais jovens, não acreditam que o dinheiro seja consequência de um trabalho dedicado, feito com prazer, alegria, amor e comprometimento. O que se observa é a busca de um emprego bem remunerado e estável, independente de qualquer consideração de prazer por aquilo que se faz. A ideia que parece existir é a de que com o dinheiro de um emprego qualquer, desde que bem remunerado, a pessoa buscará (fora do emprego) o seu prazer, a sua realização pessoal. Isso parece um grande ENGANO!
Agindo assim, as pessoas passam 40 horas (ou mais) por semana fazendo o que não gostam, para tentar nas horas restantes e nos finais de semana, fazer o que realmente sentem prazer. Aqui estar uma das maiores razões da infelicidade nos dias de hoje. As pessoas fazem de seu trabalho um castigo bem remunerado e às vezes nem tão bem, em vez de buscar fazer no mundo do trabalho aquilo que lhes dá prazer, alegria, satisfação.
Fazendo o que não gostam elas fazem tudo com baixa qualidade, atendem mal seus clientes internos e externos, têm verdadeiro pavor em servir, vivem estressadas, sentem-se escravizadas pelo relógio ou por um chefe que igualmente está ali somente pelo salário.
Muitos dirão que é fácil dizer tudo isso mas que é muito difícil fazer profissionalmente aquilo que se gosta e tem prazer. Sei bem disso, é claro. O que penso é que as pessoas devem buscar esse objetivo na vida e não desistir antecipadamente. As pessoas não acreditam mais sequer em buscar fazer aquilo que gostam como objetivo profissional mesmo como empregados ou colaboradores de uma empresa, pois quando falamos em se fazer o que se tem prazer, logo pensamos em ser um empreendedor individual ou empresário — e isso nem sempre é possível ou mesmo desejável. Existem pessoas muito felizes, fazendo aquilo que realmente sentem prazer em fazer como funcionários privados ou públicos. Fazendo o que gostam elas buscam a cada dia gostar ainda mais do que fazem e esse círculo virtuoso traz a excelência, a satisfação, o prazer e, como consequência, a tão desejada promoção.

[Contato: macolins@gmail.com]

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