Trabalho
e felicidade
(Artigo
organizado por Marcos Antônio Colins, professor de Matemática da
Rede Estadual de Ensino do Maranhão)
Pesquisas mostram
que o que mais as pessoas desejam em relação a seu emprego é que o
trabalho lhes dê um sentimento de missão e propósito.
Entretanto, essas
mesmas pessoas buscam um trabalho, uma profissão ou um emprego em
função do salário ou da compensação financeira que eles possam
dar. Muitas dessas pessoas vivem em busca de respostas a perguntas
como: “qual a profissão que dá mais dinheiro?” ou “qual a
profissão que está 'mais na moda'?” e até mesmo “qual aquela
que me deixará rico(a) mais rapidamente?”
Ora, quem busca
uma profissão pelo retorno financeiro e não pela realização
pessoal que ela proporcionará, será quase um milagre se as duas
coisas se conciliarem na mesma atividade. As pessoas de hoje,
principalmente as mais jovens, não acreditam que o dinheiro seja
consequência de um trabalho dedicado, feito com prazer, alegria,
amor e comprometimento. O que se observa é a busca de um emprego bem
remunerado e estável, independente de qualquer consideração de
prazer por aquilo que se faz. A ideia que parece existir é a de que
com o dinheiro de um emprego qualquer, desde que bem remunerado, a
pessoa buscará (fora do emprego) o seu prazer, a sua realização
pessoal. Isso parece um grande ENGANO!
Agindo assim, as
pessoas passam 40 horas (ou mais) por semana fazendo o que não
gostam, para tentar nas horas restantes e nos finais de semana, fazer
o que realmente sentem prazer. Aqui estar uma das maiores razões da
infelicidade nos dias de hoje. As pessoas fazem de seu trabalho um
castigo bem remunerado e às vezes nem tão bem, em vez de buscar
fazer no mundo do trabalho aquilo que lhes dá prazer, alegria,
satisfação.
Fazendo o que não
gostam elas fazem tudo com baixa qualidade, atendem mal seus clientes
internos e externos, têm verdadeiro pavor em servir, vivem
estressadas, sentem-se escravizadas pelo relógio ou por um chefe que
igualmente está ali somente pelo salário.
Muitos dirão que
é fácil dizer tudo isso mas que é muito difícil fazer
profissionalmente aquilo que se gosta e tem prazer. Sei bem disso, é
claro. O que penso é que as pessoas devem buscar esse objetivo na
vida e não desistir antecipadamente. As pessoas não acreditam mais
sequer em buscar fazer aquilo que gostam como objetivo profissional
mesmo como empregados ou colaboradores de uma empresa, pois quando
falamos em se fazer o que se tem prazer, logo pensamos em ser um
empreendedor individual ou empresário — e isso nem sempre é
possível ou mesmo desejável. Existem pessoas muito felizes, fazendo
aquilo que realmente sentem prazer em fazer como funcionários
privados ou públicos. Fazendo o que gostam elas buscam a cada dia
gostar ainda mais do que fazem e esse círculo virtuoso traz a
excelência, a satisfação, o prazer e, como consequência, a tão
desejada promoção.
[Contato:
macolins@gmail.com]
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