Pressão
e desempenho
(Artigo
organizado por Marcos Antônio Colins, professor de Matemática da
Rede Estadual de Ensino do Maranhão)
Pesquisas
realizadas nos Estados Unidos mostraram que os sistemas educacionais
atuais, baseados na concorrência e no desempenho em testes, podem
prejudicar, e muito, a formação de grandes pensadores. Segundo
Deborah Stipek, pesquisadora da Universidade de Stanford, nos Estados
Unidos, essa forma de ensino promove um verdadeiro extermínio de
grandes mentes.
Veja as
conclusões de alguns estudos feitos no Brasil sobre a relação
entre rendimento escolar e excesso de rigor.
Relaxamento
ajuda
Uma pesquisa do
Instituto de Biologia da Universidade de Campinas (Unicamp) mostrou
que dedicar um tempo para atividades de lazer e relaxamento muscular
tem um impacto importante no rendimento dos alunos.
Um grupo de
pré-vestibulandos foi submetido a duas sessões semanais de
massagens relaxantes. Entre eles, o índice de aprovação no
concorrido vestibular da Unicamp foi de 64%. Já os que mantiveram a
rotina estressante tiveram índice de aprovação de 34%.
Preocupação
e notas ruins
Um estudo da
Universidade São Marcos, realizado com 400 estudantes de 7 a 12 anos
do ensino público paulista, concluiu que 40% dos alunos apresentavam
sinais de estresse. Desses, 51% tinham insônia e 76% apresentavam
alterações de comportamento. Ao contrário do que muitos acreditam,
a excessiva preocupação não gerou boas notas. Enquanto apenas 18%
dos estudantes estressados tiveram notas “A”, entre os não
estressados, esse índice era de 82%.
Estresse
generalizado
Engana-se quem
pensa que estresse é exclusividade das escolas privadas. Uma
pesquisa da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), feita com
crianças de 6 a 14 anos, dos sistemas público e privado de
educação, mostrou que em ambos há um nível de estresse em pelo
menos um terço das crianças. Segundo a pesquisa, as
responsabilidades em excesso são uma das possíveis causas do alto
índice do problema entre os alunos.
[Contato:
macolins@gmail.com]
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